Problemas foram identificados nos cadernos de provas de 3 áreas da seleção. Mais de 158 mil pessoas disputam 246 vagas; salários vão até R$ 24 mil
O concurso público para o Senado Federal realizado neste domingo (11) teve erros detectados nos cadernos de prova para três categorias diferentes do cargo de analista legislativo. As falhas ocorreram nas provas para as áreas de Informática - nas subáreas de análise de sistemas (8 vagas) e análise de suporte (3 vagas) - e Saúde e Assistência Social, na especialidade enfermagem (6 vagas). No total, o concurso do Senado oferece 246 vagas.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou, por meio de nota, que o concurso foi anulado para três categorias diferentes do cargo de analista legislativo após serem "detectadas inconsistências técnicas (insuficiência de cadernos de provas em algumas salas)".
No total, 10.447 pessoas vão ter que fazer um novo exame. A organizadora do concurso disse ainda que a data para um novo exame vai ser anunciada e enviada aos candidatos pelos Correios.
A assessoria da FGV destacou que as provas para os outros cargos continuam válidas. No total, 157.939 candidatos se inscreveram no concurso do Senado, dos quais 63.194 para as diferentes funções do cargo de analista legislativo.
Provas trocadas
Segundo alguns concorrentes que realizaram o exame no DF, os cadernos de provas foram trocados. "A prova foi recolhida e pediram que a gente aguardasse um tempo, que iam atrás de uma prova substituta de reserva", disse a candidata Ivone Sampaio.
Para a candidata Miriam Fernades, houve descaso dos organizadores do exame. "Fizeram pouco caso. Desde o início eles disseram que iam suprir [os cadernos de prova] sem sequer ter prova no nosso núcleo. Não tinha prova para substituir", afirmou.
A Fundação Getulio Vargas, reponsável pelo concurso, confirmou os problemas e disse que não tinha caderno de provas para todos os candidatos.
"A gente fica com medo e bastante chateado. Como o pessoal já teve acesso à prova, a gente já pode saber como vai ser a abordagem da próxima prova", disse o candidato Tarcísio Faria.
Ao todo, são 642 candidatos por vaga, disputando por cargos com salário que variam de R$ 14 mil a quase R$ 24 mil.
Boletim de ocorrência
O anúncio da anulação de parte das provas ocorreu depois que um grupo de cerca de 25 candidatos registrou na tarde deste domingo (11) um boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia de Brasília reclamando de irregularidades na aplicação das provas.
De acordo com os relatos dos candidatos, os cadernos de provas para o cargo de analista de suporte e analista de sistemas foram trocados em quatro salas da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec), um dos locais de prova em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.
O G1 teve acesso à ata da sala de provas na qual ficou registrado o pedido dos fiscais para que os candidatos deixassem a sala sem concluir o exame. Esse documento é usado pela organização do concurso para registrar ocorrências durante a aplicação das provas e foi assinado pela coordenadora de provas do local e por uma representante dos candidatos.
“Acho que conseguimos cancelar a prova porque os fiscais da própria FGV pediram para nos retirarmos da sala. Se tivéssemos deixado a sala por conta própria, essa decisão não teria saído tão rápido. Estamos tristes com a situação, mas ao mesmo tempo felizes por já termos uma solução”, afirmou Nívea Costa Araújo, candidata a uma vaga no Senado.
O delegado de plantão, que recebeu a queixa, Rodrigo Sanches Duarte afirmou que a organização do concurso e os candidatos serão ouvidos . “Vamos apurar para ver se houve algum crime. É preciso intimar as partes e analisar. Se houve o erro, essas pessoas teriam direito à indenização pelo menos do valor da inscrição”, disse.
Os candidatos que denunciaram o problema disseram ter recebido a prova errada às 15h30 e afirmaram que foram dispensados da prova pela coordenação do concurso por volta das 16h10. Pelo edital, os candidatos só poderiam sair a partir das 17h.
De acordo com relatos dos candidatos, o suposto erro foi constatado porque, segundo eles, assunto da redação não condizia com o programa de estudo previsto no edital.
"Mesmo assim a coordenadora de prova mandou a gente continuar a prova sem um caderno de respostas. Quando percebemos o tamanho do problema, falamos que não tinha como serem feitas as provas e decidimos parar imediatamente”, afirmou Mário Higino, gerente de segurança da Informação, que disputa uma vaga de analista de suporte no concurso.
"Já estava havia três anos estudando para esse concurso. Foi uma dedicação praticamente exclusiva na reta final. Até tirei férias para me dedicar aos estudos. É uma decepção muito grande o que aconteceu. Não tem explicação. Queremos uma solução da FGV”, lamentou Sandro Pereira, servidor do Ministério Público da União, que concorre a uma vaga de analista de suporte no Senado. As informações são do G1.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou, por meio de nota, que o concurso foi anulado para três categorias diferentes do cargo de analista legislativo após serem "detectadas inconsistências técnicas (insuficiência de cadernos de provas em algumas salas)".
No total, 10.447 pessoas vão ter que fazer um novo exame. A organizadora do concurso disse ainda que a data para um novo exame vai ser anunciada e enviada aos candidatos pelos Correios.
A assessoria da FGV destacou que as provas para os outros cargos continuam válidas. No total, 157.939 candidatos se inscreveram no concurso do Senado, dos quais 63.194 para as diferentes funções do cargo de analista legislativo.
Provas trocadas
Segundo alguns concorrentes que realizaram o exame no DF, os cadernos de provas foram trocados. "A prova foi recolhida e pediram que a gente aguardasse um tempo, que iam atrás de uma prova substituta de reserva", disse a candidata Ivone Sampaio.
Para a candidata Miriam Fernades, houve descaso dos organizadores do exame. "Fizeram pouco caso. Desde o início eles disseram que iam suprir [os cadernos de prova] sem sequer ter prova no nosso núcleo. Não tinha prova para substituir", afirmou.
A Fundação Getulio Vargas, reponsável pelo concurso, confirmou os problemas e disse que não tinha caderno de provas para todos os candidatos.
"A gente fica com medo e bastante chateado. Como o pessoal já teve acesso à prova, a gente já pode saber como vai ser a abordagem da próxima prova", disse o candidato Tarcísio Faria.
Ao todo, são 642 candidatos por vaga, disputando por cargos com salário que variam de R$ 14 mil a quase R$ 24 mil.
Boletim de ocorrência
O anúncio da anulação de parte das provas ocorreu depois que um grupo de cerca de 25 candidatos registrou na tarde deste domingo (11) um boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia de Brasília reclamando de irregularidades na aplicação das provas.
De acordo com os relatos dos candidatos, os cadernos de provas para o cargo de analista de suporte e analista de sistemas foram trocados em quatro salas da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (Facitec), um dos locais de prova em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.
O G1 teve acesso à ata da sala de provas na qual ficou registrado o pedido dos fiscais para que os candidatos deixassem a sala sem concluir o exame. Esse documento é usado pela organização do concurso para registrar ocorrências durante a aplicação das provas e foi assinado pela coordenadora de provas do local e por uma representante dos candidatos.
“Acho que conseguimos cancelar a prova porque os fiscais da própria FGV pediram para nos retirarmos da sala. Se tivéssemos deixado a sala por conta própria, essa decisão não teria saído tão rápido. Estamos tristes com a situação, mas ao mesmo tempo felizes por já termos uma solução”, afirmou Nívea Costa Araújo, candidata a uma vaga no Senado.
O delegado de plantão, que recebeu a queixa, Rodrigo Sanches Duarte afirmou que a organização do concurso e os candidatos serão ouvidos . “Vamos apurar para ver se houve algum crime. É preciso intimar as partes e analisar. Se houve o erro, essas pessoas teriam direito à indenização pelo menos do valor da inscrição”, disse.
Os candidatos que denunciaram o problema disseram ter recebido a prova errada às 15h30 e afirmaram que foram dispensados da prova pela coordenação do concurso por volta das 16h10. Pelo edital, os candidatos só poderiam sair a partir das 17h.
De acordo com relatos dos candidatos, o suposto erro foi constatado porque, segundo eles, assunto da redação não condizia com o programa de estudo previsto no edital.
"Mesmo assim a coordenadora de prova mandou a gente continuar a prova sem um caderno de respostas. Quando percebemos o tamanho do problema, falamos que não tinha como serem feitas as provas e decidimos parar imediatamente”, afirmou Mário Higino, gerente de segurança da Informação, que disputa uma vaga de analista de suporte no concurso.
"Já estava havia três anos estudando para esse concurso. Foi uma dedicação praticamente exclusiva na reta final. Até tirei férias para me dedicar aos estudos. É uma decepção muito grande o que aconteceu. Não tem explicação. Queremos uma solução da FGV”, lamentou Sandro Pereira, servidor do Ministério Público da União, que concorre a uma vaga de analista de suporte no Senado. As informações são do G1.